terça-feira, 9 de dezembro de 2008

TROCA DE FAMILIA GAY em Janeiro na RECORD


A partir de janeiro de 2009, a Rede Record volta a exibir uma temporada do programa "Troca de Família". De acordo com a coluna Zapping do jornal "Folha de São Paulo", um gay e uma lésbica protagonizarão um dos episódios. Um rapaz de 19 anos morador de Guarulhos irá viver alguns dias na casa de uma biomédica de 29 anos. Ela mora na cidade Itobi, no interior paulista e tem namorada. O conflito do programa deverá ser sobre a aceitação da homossexualidade por parte das famílias. Enquanto o jovem é assumido e não enfrenta problemas em casa, a moça sequer toca no assunto com seus parentes.

Tema da 13° Parada de Sao Paulo, Tera Novamente a HOMOFOBIA em Foco

(São Paulo, 7/10/08) Por Leandro Rodrigues
Na última segunda-feira (3), uma reunião na sede da APOGLBT definiu que uma campanha pela aprovação do PLC (Projeto de Lei Complementar) 122/06, que criminaliza a homofobia, deverá tematizar o 13º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, que será realizado em junho de 2009. No próximo dia 17, às 18h30, uma segunda reunião fará a discussão final do tema, para agregar novas sugestões e apoios.
“Conseguimos fazer da ‘homofobia’ um termo recorrente na sociedade, amplamente falado pela mídia até por aqueles que são homofóbicos. Garantida a familiaridade, precisamos dar seqüência ao processo de reconhecê-la como crime”, disse o presidente da Associação, Alexandre Santos, o Xande, que salientou a importância de insistir na aprovação do PLC 122/06 para que ele não acabe engavetado como o Projeto de Lei Estadual 1151/95, que reconhece a parceria civil registrada entre pessoas do mesmo sexo, há 12 anos estagnado na Câmara.
Caio Varella, assessor de direitos humanos da senadora Fátima Cleide (PT), afirmou que, em 2008, a homofobia foi o assunto mais incidido no Alô Senado (canal telefônico de interação entre a sociedade civil e os senadores). Num primeiro momento, houve uma mobilização religiosa em rejeição à aprovação do PLC, no entanto, uma pesquisa do DataSenado mostrou posteriormente que a população é favorável. “Mas ainda há muita resistência. Devemos ficar atentos à movimentação do projeto, pois ele corre o risco de se perder”, alertou. Salete Campari, candidata à vereadora de São Paulo nas últimas eleições, emendou: “Quando, na história do movimento, tivemos uma senadora brigando por nós?”, em referência à Fátima Cleide, “Temos que aproveitar essa oportunidade. Se essa lei não for aprovada no próximo ano, não será nunca mais”, concluiu. Também estiveram presentes no debate representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, do site e revista A Capa, da loja Assessórios Arco-Íris, militantes e coordenadores da APOGLBT.
Resgate político e comemorações
No debate, falou-se também sobre a reestruturação da Parada do Orgulho, que passa pelo processo de politização de seu público e na forma que é abordada pela mídia. Xande afirmou que Associação está fazendo um esforço para resgatar o caráter político da manifestação e que isso já pôde ser visto neste ano.
Os participantes articularam estratégias de disseminar o tema na sociedade em nível nacional, fazendo uma campanha prévia de educação quanto ao assunto que será abordado – o que, segundo o vice-presidente da APOGLBT, Murilo Sarno, é o motivo pelo qual a escolha do tema foi antecipada – e, durante a Parada, otimizar a campanha com a caracterização obrigatória de todos os trios elétricos e maior espaço para discursos durante o percurso.
Como, além do caráter de protesto, o Mês do Orgulho também celebra as conquistas já alcançadas, o presidente da Associação trouxe para a discussão a importância de se comemorar os 60 anos da assinatura do Brasil à Declaração Universal dos Humanos, os 40 anos de Stonewall (rebelião nova-iorquina pioneira na luta pela valorização e reivindicação dos direitos humanos dos LGBT, marco de 28 de junho – Dia Internacional do Orgulho LGBT – e responsável pelo surgimento de movimentações em todo o mundo) e os 10 anos em que o Conselho Federal de Psicologia desqualificou a homossexualidade como desvio patológico.
Tema será definido no próximo dia 17
Xande avaliou positivamente a reunião da última segunda-feira: “Foi bom não termos decidido o tema ainda. A discussão foi ampla e dela tiramos o conceito que norteará a próxima campanha. Com isso, nessas próximas duas semanas, poderemos refletir bem e, no próximo dia 17, teremos o melhor tema para o 13º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo”.
A próxima reunião, na qual será definitivamente escolhido o tema, ocorrerá no dia 17 de novembro, às 18h30, na sede da APOGLBT (Rua Pedro Américo, nº 32, 13º andar – centro). A organização mantém o convite a todos que prestigiam o evento para participar do debate.
O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo é o conjunto anual de atividades de celebração e manifestação realizado pela APOGLBT, com o apoio de diversos órgãos e entidades, no qual são promovidos o Ciclo de Debates, o Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, a Feira Cultural LGBT, o Gay Day e a Parada do Orgulho, na Av. Paulista. A partir da escolha do tema, que será utilizado em todas as ações, serão definidas a arte gráfica e o LGBTema (hino musical) para o próximo ano (faça o download do material da 12º edição do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo em http://www.paradasp.org.br/).
Reunião para Definição do Tema do 13º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo:Aberta a todos os interessadosDia 17 de novembro, às 18h30.Rua Pedro Américo, nº 32, 13º andar – Centro (próximo à estação República do metrô, ao lado da Praça da República)Informações: (11) 3331-0952 e paradasp@paradasp.org.brhttp://www.paradasp.org.br/